Megacidade futurista de R$ 2 trilhões começa a ser construída
A previsão é que até 2030 o projeto seja capaz de abrigar carros voadores, dinossauros robôs, lua artificial gigante e uma praia de brilha no escuro
Em 2017, o príncipe saudita Mohammed bin Salman falou sobre seu sonho de construir uma megacidade futurista às margens do Mar Vermelho. O herdeiro começou a realizar esse desejo semana passada, quando “Neom” começou a receber os primeiros trabalhadores da construção civil.
O projeto de US$ 500 bilhões (cerca de R$ 1,9 trilhão) pretende transformar um vilarejo pesqueiro em uma área repleta de resorts de luxo repleta de tecnologias avançadas. Além de robôs de dinossauros, táxis voadores, uma praia que brilha no escuro, uma lua artificial gigante, entre outros.
Em entrevista para a agência Bloomberg, o príncipe disse que Neom deve ficar pronta até 2030 e que ela faz parte da transição para a “Arábia Saudita 2.0”, um plano para preparar a economia do reino para a escassez do petróleo no Oriente Médio.
Salman explica que o nome vem de “neo”, que significa novo, e o “m” foi incluído para representar a palavra “mustaqbal”, uma expressão árabe de “futuro”. Segundo ele, a área terá 12 pequenas cidades próximas ao mar e outras nos vales e montanhas, além de uma zona industrial, um porto e vários aeroportos.
Além do custo e do fato de muitos investidores estrangeiros considerarem o projeto uma vaidade, o príncipe precisa lidar com questões políticas complexas. Por isso, até que Mohammed bin Salman assuma o trono, a previsão é de incertezas em relação à transição.
Por enquanto, a empresa estatal desenvolvedora afirmou que o feedback dos líderes empresariais da Ásia, Europa e Estados Unidos sobre a Neom é muito positivo. “As empresas entendem que estamos construindo não apenas uma região, mas uma potência comercial, e elas querem fazer parte disso”, explicou a estatal.
No entanto, as milhares de pessoas que atualmente vivem nos 26,5 mil quilômetros quadrados destinados ao projeto, estão interessadas no próprio futuro. A notícia de que eles farão parte de um megaprojeto global trouxe um misto de esperança de prosperidade econômica, com preocupação de reassentamento para que suas casas sirvam como local de moradias de luxo.
Fonte: Bloomberg