Vale a pena matricular o filho em uma escola bilíngue? Veja o que levar em conta na hora de decidir
Em seu novo posicionamento a partir do próximo ano, a Escola SEB Maceió passa a ter 50% de seu currículo oferecido em inglês e a outra metade em português na Educação Infantil; e 40% em inglês nas turmas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.
Assessoria de Comunicação / Aline Angeli
Hoje, quase ninguém mais discorda da importância de falar uma segunda língua. A questão é que, apenas ser fluente em um outro idioma, já não representa mais, por si só, um “diferencial”. “Para preparar, de fato, cidadãos aptos a atuar com desenvoltura frente a todas as exigências do século XXI, entendemos que há uma série de novas habilidades que precisam ser desenvolvidas – das quais, ‘falar inglês’, é apenas um dos requisitos básicos”, diz Fernando Leão, diretor da Escola SEB Maceió.
Mas, afinal, qual a diferença entre uma escola bilíngue e outra que apenas ofereça um programa mais intensivo de inglês? “Como ainda não há no Ministério da Educação uma regulamentação oficial que estabeleça critérios para uma escola ser classificada como bilíngue, é comum que muitas instituições estejam adotando indevidamente este rótulo, o que tem confundido muito os pais”, afirma Daniellen Lopes, coordenadora nacional do programa bilíngue do Grupo SEB. De acordo com Daniellen, escolas com programas especiais de idioma oferecem uma ampliação da carga horária dedicada à segunda língua. “São modelos diferentes. Em uma proposta de ensino bilíngue como a nossa, o currículo da língua materna está integrado ao da segunda língua. Os alunos vão vivenciar o idioma em diferentes contextos, de forma lúdica e dinâmica. Os ‘programas bilíngues’ não podem ser comparados à imersão cultural proporcionada por uma proposta bilíngue real”, explica.
Aulas de inglês x aulas “em” inglês
Em seu novo posicionamento a partir do próximo ano, a Escola SEB Maceió passa a ter 50% de seu currículo oferecido em inglês e a outra metade em português na Educação Infantil; e 40% em inglês nas turmas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. “Trata-se de uma fusão real das disciplinas com a segunda língua a partir de um programa desenvolvido exclusivamente para o Grupo SEB, que envolve projetos baseados em quatro pilares – Tecnologia, Empreendedorismo, Inteligência Emocional e Cidadania Global, onde conteúdos como Matemática, Geografia e Ciências são aprofundados em ambos os idiomas”. A mudança, porém, ultrapassa a questão linguística e envolve metodologias ativas, linguagem de programação, cultura maker e Design Thinking. “Nestas turmas, o modelo de aprendizado será totalmente baseado na capacidade de construir o conhecimento coletivamente, com grande estímulo à cooperação e à interação, no qual o professor assume uma função de mediador”, diz Daniellen.
Há mesmo necessidade de começar tão cedo?
E qual o impacto de tudo isso no desenvolvimento de uma criança? Aprender duas línguas ao mesmo tempo não vai acabar confundindo? Diversas pesquisas mostram que o impacto do investimento vai muito além de “falar inglês sem sotaque”. De acordo com um estudo da Universidade de York, no Canadá, por exemplo, as crianças bilíngues, ao chegarem à fase de alfabetização, além de compreenderem melhor as estruturas de linguagem, apresentam uma capacidade de concentração bem superior aos demais estudantes. Por meio dessa dupla exposição, elas descobrem mais cedo que um mesmo objeto pode ser representado por palavras diferentes em línguas diversas, o que estimula o raciocínio relacionado à linguagem e potencializa as conexões nervosas no cérebro. Já pesquisadores da Universidade de Granada, na Espanha, mostraram que, além da atenção, o bilinguismo auxilia na memória, o que ajuda também a obter melhores resultados em todas as demais disciplinas.
“Além de tudo isso, sem dúvida, outro ganho inestimável é a expansão do repertório cultural da criança”, afirma Daniellen Lopes. “Numa proposta verdadeiramente bilíngue, mais do que o contato com as palavras do outro idioma, ela aprende desde cedo a se relacionar com diferentes regras e costumes, o que a torna mais receptiva e flexível diante de novas culturas – um cidadão formado para um mundo globalizado”, completa.