Cantora Ana Carolina retorna a Maceió com o álbum “Fogueira em alto mar”, no próximo dia 21

Artista mineira está celebrando duas décadas de carreira e lança seu primeiro álbum de inéditas, após seis anos sem gravar disco novo. E além das canções de “Fogueira em alto mar”, a cantora e compositora também promete levar ao público seus maiores sucessos, como “Garganta”, “É isso aí” e “Quem de Nós Dois”.

Repórter: Janaina Ribeiro

Cantora Ana Carolina retorna a Maceió com o álbum “Fogueira em alto mar”, no próximo dia 21

Ela é dona de uma das vozes mais marcantes da música popular brasileira e, agora em 2020, está completando 20 anos de carreira. Para celebrar este momento, Ana Carolina está rodando o Brasil com a sua nova turnê: “Fogueira em Alto Mar”. O álbum tem 12 canções inéditas e é o primeiro após seis anos sem gravar novos trabalhos.

E Ana Carolina conversou com o #Notícia40Graus sobre essas duas décadas de dedicação ao universo da música, a trajetória de sucesso que coleciona 5 milhões de discos vendidos e 20 prêmios nacionais, dentre outros assuntos. Ficou curioso? Dá uma conferida na nossa matéria!

Você está completando 20 anos de carreira. Ao longo desse tempo, foram 12 álbuns e 7 DVDs. Qual a sua fórmula para se manter sempre em evidência, no cenário musical, sem nunca cair no ostracismo? O que não pode faltar num artista para que ele esteja vivo na memória dos fãs, mesmo quando não se estar com disco novo na praça?

Para mim, não existe fórmula. Acho importante que exista verdade naquilo que o artista produz para seu público. Quando canto o amor, por exemplo, isso é um reflexo natural da minha personalidade. É o que me inspira e cria a minha maneira de ver o mundo. Acho que muitas pessoas se identificam com esse sentimento e, assim, as músicas ficam em suas memórias.

2. A Ana Carolina vendeu 5 milhões de discos ao longo dessas duas décadas. Mais recentemente, com a chegada das plataformas de streaming, quase não existe mais isso de venda de álbuns. Com essa mudança de cenário, ficou mais difícil fazer música e se manter nela? A saída é realizar mais shows?

Eu, na verdade, vejo essa mudança de maneira muito positiva. O último trabalho que lancei, por exemplo, acompanha bem essa mudança do mercado. Junto com a Sony, resolvemos lançar “Fogueira em Alto Mar” dividido em 3 EP´s em momentos diferentes. As pessoas estão sempre buscando por novidade. Então poder estender o lançamento, deixar um tempo maior entre os EP’s, faz com que o meu público seja surpreendido com uma novidade.

3. Você já recebeu 3 discos de ouro, 2 de platina, 1 de platina duplo e 1 de diamante, além de ter sido vencedora de 20 prêmios de grande expressão, a exemplo do Multishow de Música Brasileira e do Troféu Imprensa. Tantas formas de reconhecimento aumentam a sua responsabilidade na hora de produzir coisa nova? É como se você tivesse que se superar com relação ao álbum anterior? Ou a Ana Carolina não faz essa tipo de cobrança a si mesma?

Acho que a maioria dos artistas sente insegurança ao lançar um álbum novo ou cair na estrada com um novo show, por não saber ainda qual vai ser a reação do público, não é? Isso é natural e acho que faz parte da nossa profissão. Não há cobrança de superar trabalhos anteriores, mas os 20 anos de carreira me dão uma visão muito interessante, dos acertos, dos erros. Todos eles foram válidos nessa trajetória.

4. E por falar em álbum… Em 2019 você lançou o Fogueira em Alto Mar, com 12 canções, estando elas divididas em 3 EPs. Como foi a experiência de se auto produzir?

Acredito que isso traga uma liberdade artística. Ao lado do Alê Siqueira, conseguimos trazer canções inéditas das quais me orgulho e participações que marcam a minha vida, como da queridíssima Elza Soares. Isso sem falar de antigas e novas parcerias.

5. E no que o Fogueira em Alto Mar é diferente dos discos anteriores? Do que tratam as músicas? Há um perfil específico para esse novo trabalho?

“Fogueira em Alto Mar” é um álbum que me reconecta com o “Ana Carolina” de 1999, com um viés romântico e com a presença forte do violão. Mas, ao mesmo tempo, o que ele traz de diferente é um flerte com o samba, um novo caminho que tenho trilhado mais recentemente e que me fascina. Tenho certeza que veio pra ficar na minha obra.

6. No primeiro EP desse álbum, a canção “Da Vila Vintém ao Fim do Mundo”, que tem autoria sua e do Zé Manoel, homenageia a grande cantora Elza Soares, de quem você já afirmou ser fã. Ela sabe dessa música? E, se sabe, qual foi a reação da Elza ao descobrir disso?

Sim! Na verdade, o processo dessa música começou em 2017, se não me engano. Elza pediu que eu compusesse uma canção de amor para ela. E, como sempre acontece quando tenho que compor para uma grande diva, travei e não consegui. A música “Da Vila Vintém ao Fim do Mundo” foi então uma homenagem que faço para ela. Me juntei com Zé Manoel e escrevemos a letra desse samba pensando na figura emblemática dessa artista gigante.

Elza é tão generosa, que aceitou cantar comigo essa música escrita para ela. Foi um momento emocionante que, com certeza, levarei comigo para sempre!

7. Essa turnê está rodando o Brasil desde o primeiro semestre de 2019. Há a pretensão de levá-la também para fora do país, como você já fez em turnês anteriores? E para onde iria?

No começo deste ano levei a turnê para algumas cidades dos Estados Unidos. “Fogueira em Alto Mar” continua pelo ano de 2020 com datas marcadas não só para o Brasil, como em abril viaja para Portugal.

8. As suas canções já compuseram a trilha sonora de quase 30 novelas da TV Globo. Que impacto tem isso? Faz muita diferença quando a música é tema de algum personagem?

Ah, é muito bacana ver que músicas que foram e continuam sendo importantes para mim, ainda são muito reproduzidas. “Quem de Nós Dois”, “Rosas”, “Garganta”, “É Isso Aí” são músicas que o público sempre pede e que não pude deixar de fora do repertório da turnê “Fogueira em Alto Mar”. Em 1999 estava lançando o meu primeiro álbum e ter “Garganta” na trilha sonora da novela fez com que meu trabalho fosse reconhecido e muitas portas se abrissem nesses 20 anos de carreira.

9. Em 2017, o programa Fantástico gravou uma reportagem contigo sobre o tema da coparentalidade, uma realidade razoavelmente ainda nova aqui no Brasil. Você ainda continua com o desejo de ter um filho dentro desse padrão de relacionamento, onde os pais dividem a responsabilidade do filho, mas sem possuir vínculo amoroso?

Prefiro não entrar em temas pessoais. 🙂

10. Desde o ano passado, a área da cultura vem sofrendo ataques e retaliações do governo federal. Como você está enxergando esse cenário? Tem esperanças que a realidade mude com a posse da atriz Regina Duarte na Secretaria Nacional de Cultura?

Eu tenho sido bastante questionada sobre política, mas prometi não me manifestar mais sobre isso. Deixo o meu protesto por meio da minha música.

11. E, por fim, daqui a pouco você voltará a Alagoas. O que os seus fãs podem esperar desse show?

Os fãs podem esperar um show cheio de novidades e surpresas! Além das músicas do meu novo álbum, não vou deixar de fora os grandes sucessos da minha carreira, como “Quem de Nós Dois”, “É Isso Aí…”. Será uma noite muito especial! Já estava com saudades de Alagoas! 🙂

Serviço:

Show: Ana Carolina, em “Fogueira em alto mar”.

Dia, local e hora: 21 de março, no Space Maceió Shopping, às 21h.

Ingressos: Front – R$ 50/meia, R$ 70/inteira social. Mesas limitadas.

Vendas on-line pelo www.ingressodigital.com.br, Viva Alagoas (Maceió Shopping) e Folia Brasil (GBarbosa Stella Maris).

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