Com Mozart recusando Série A, CSA segue forte para voltar à elite

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Com Mozart recusando Série A, CSA segue forte para voltar à elite

Quando se fala em treinadores no futebol brasileiro, a ideia de dança das cadeiras é imediata. É normal que um técnico local tenha passado por vários clubes e até acumulado passagens pelo mesmo lugar. Por isso quando Mozart recebeu uma oferta do Coritiba, onde jogou, para ser um treinador na Série A, e ele recusou para ficar no CSA, na Série B, houve surpresa.

Mas analisando friamente, Mozart fez a escolha certa. O time de Maceió é um dos favoritos para subir de divisão, algo que pode ser comprovado em casas de apostas respeitadas como o Sportsbet.io pelo fato que a equipe chega em jogos em casa e até como visitante como favorito. Contra o gigante Cruzeiro a odd (retorno) pago por uma vitória dos mineiros e dos alagoanos era basicamente a mesma. No final deu empate.

Quando a Série B começou parecia que o CSA seria mais um triste caso de equipe que subiu para a Série A, não se aguentou e depois despencou. O Joinville é o caso mais recente e expressivo disso: em 2015 disputou a elite, caiu logo no primeiro ano e depois foi sendo rebaixado até a Série D.

Quando Mozart assumiu, na 11ª rodada, o clube tinha apenas sete pontos. A vitória logo na primeira partida indicou que algo mudou e a subida foi meteórica rumo ao G4. Apesar de ser um ano atípico e isso causar um embolamento geral inclusive na Série A, ter esse ímpeto para subir na tabela não é fácil, algo que o próprio Cruzeiro pode atestar. Mesmo com Felipão tirando o time de uma draga que gerava até um temor de rebaixamento para a Série C, agora a equipe de Belo Horizonte parece ter que se contentar com o meio da tabela.

O CSA é favorito por esse momento incrível e será comum em casas de apostas que ele tenha odds mais baixas, especialmente em alguns duelos que terá contra equipes lá embaixo, como contra o Vitória e o Paraná.

Chapecoense e América-MG, dois times que jogaram na elite do futebol brasileiro recentemente, parecem encaminhados nesta reta final para subir. Mas as duas vagas finais prometem uma briga completa. Cuiabá, Juventude, Sampaio Côrrea e até Avaí e Guarani, além do citado Azulão, brigam forte e tem vários confrontos diretos nas nove rodadas finais.

Ainda tem Ponte Preta, Cruzeiro e Confiança sonhando, mas a tarefa é muito difícil porque além de ter que matar a desvantagem, tem que torcer contra muitas equipes que estão acima. Para o CRB, o outro representante de Alagoas na Série B, só resta torcer para ficar na segunda divisão, tarefa nada fácil porque a equipe caiu muito de rendimento depois da saída de Marcelo Cabo. Com Ramón Menezes, que gerou expectativa por seu bom começo no Vasco antes de uma queda e demissão apressada, o time não andou e ele saiu do cargo. Agora cabe a Roberto Fernandes evitar o pior.

E está aí em poucas linhas o futebol brasileiro. Os treinadores não têm tempo para trabalhar e a contratação deles é muito mais um jogo aleatório de roleta do que algo pensado. Os técnicos também não se ajudam porque participam desse jogo e sabem que um dia é da caça, outro do caçador. Trabalhos não faltam e os nomes poucos variam.

Por isso ao receber uma sondagem do Coritiba, por onde jogou e que precisa de um treinador por também ter demitido vários e estar ameaçado de cair, era esperado que saísse. Mas Mozart decidiu ficar. Depois de treinar na Itália e até passar pelo Coxa nas categorias de base, o CSA foi atrás dele e deu muito certo. Veremos se ele consegue marcar seu nome na história do clube com o acesso.

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