Moradores denunciam poluição ambiental nas proximidades da Ilha da Crôa, na Barra de Santo Antônio
Diante de todas as ocorrências flagradas e registradas, os moradores e veranistas cobram dos órgãos ambientais e do município ações em prol da preservação ambiental daquela região.
Da Redação
Resto de óleo na areia, resinas espalhadas pelas ruas, plásticos jogados no mar, descarte de tinta sem quaisquer cuidados com o meio ambiente. Tudo isso é o que se pode encontrar quase às margens da Praia da Barra de Santo Antônio, situada no litoral norte de Alagoas. A denúncia, feita por moradores e veranistas, torna-se ainda mais grave porque todo esse lixo está sendo espalhado em meio a APA da Costa dos Corais (Área de Proteção Ambiental) que, por lei, deve ser preservada por toda a comunidade que a cerca.
De acordo com as informações recebidas pelo Maceió40Graus, esse descarte irregular de resíduos sólidos está sendo feita por um grupo de moradores da cidade, incluindo pescadores. “Teoricamente, eles, que sobrevivem da pesca e daquilo que vem do mar, deveriam ter esse compromisso de preservar a praia. Porém, o que a gente vê é justamente o contrário. Infelizmente, naquela região, a poluição ambiental só cresce”, afirmou um dos denunciantes.
A maior quantidade de lixo é espalhada às margens da Ilha da Crôa, a 500 metros do Hotel Capitão Nikolas e nas proximidades da obra do Hotel Vila Galés, que promete ser um empreendimento de grande porte.
Naquela localidade, encontram-se, quase todos os dias, descarte de óleo de motor de pequenas embarcações e de resinas de fibra de vidro e descarte de resto de tintas e de material plástico na areia da praia. Há também esgotos a céu aberto provenientes de invasões de terrenos.
E os problemas não param por aí. Uma oficina de embarcações se instalou sem alvará de funcionamento na Rua Setenta e Sete, uma transversal da AL-101 Norte. Além disso, moradores resolveram largar seus barcos e jangadas no final de algumas ruas, o que está dificultando ou impossibilitando o acesso à praia. Inclusive, algumas dessas jangadas estão estacionadas sobre uma área de preservação de restinga, o que está danificando a preservação do projeto Salsa, do Instituto do Meio Ambiente (IMA).
Grupo já procurou as autoridades, sem sucesso
Um grupo de moradores, inconformado com os danos ambientais causados, já procurou o IMA, o ICMBio (Instituto Chico Mendes para a Biodiversidade) e até a Prefeitura da Barra de Santo Antônio, no entanto, eles alegam que, até agora, nada foi feito.
Uma dessas pessoas chegou até a instalar uma placa alertando sobre os riscos de crime ambiental, entretanto, o aviso não surtiu efeito, o que faz esse grupo deduzir que aqueles que estão infringindo a lei não estão preocupados com o risco de receber uma punição.
Diante de todas as ocorrências flagradas e registradas, os moradores e veranistas cobram dos órgãos ambientais e do município ações em prol da preservação ambiental daquela região. Para eles, caso tudo isso continue a ocorrer, não demorará muito tempo para a natureza responder às agressões sofridas.