Pc Lamar lança primeiro álbum e discute filosofia e injustiça social
O disco ‘A Enigmática Palavra perdida de Pc Lamar sob um Céu vermelho de Verão’, com cinco faixas longas e bem produzidas, está disponível nas plataformas de streaming nesta quinta-feira (10); no YouTube, o artista lança o clipe ‘O Próprio’
Alagoas Boreal
Pc Lamar faz o lançamento de seu primeiro álbum nesta quinta-feira (10). Reunindo cinco canções de sua autoria, o artista é acompanhado pelos músicos Lucas Cavalcante (guitarras) e Pedro Salvador (bateria, teclado e contrabaixo) num disco que apresenta uma série de observações políticas, filosóficas e existenciais. A sonoridade passeia entre o rock e o pop e, na primeira canção, ‘Acorde’, chega a flertar com a bossa nova.
“Inicialmente a maioria das questões que o disco atravessa advém de problemáticas caras à filosofia e à sociologia”, explica Pc Lamar, que fez o curso de licenciatura em História, na Ufal. “Minha jornada de estudos e reflexões nesses campos remete-se à dialética marxiana, filosofia da linguagem, fenomenologia da espiritualidade, hermenêutica e uns lampejos da física quântica.”
O álbum de estreia do músico, que vem atuando na cena maceioense desde 2016. é impactante e urgente. Nele, Lamar disserta sobre situações que, como diz, “foram vividas em pleno cotidiano brasileiro sob o bolsonarismo”. Quanto ao conteúdo instrumental, apoiado por excelentes músicos, ele afirma: “Gravei violão, voz e fiz sonoplastia/ efeitos. Pedro Salvador gravou bateria, baixo e teclado/ synths, e Lucas, as guitarras. São dois músicos excepcionais e amigos caros meus. A mixagem do Vicente Barroso também contribui para o resultado final.”
O belo trabalho de design para a capa e o encarte ficou por conta de Giovani Gomes. “A Enigmática Palavra perdida de Pc Lamar sob um Céu vermelho de Verão” foi produzido com recursos da Lei Aldir Blanc/ Ministério do Turismo/ Secretaria de Cultura de Alagoas e, de acordo com Pc Lamar, é para ser ouvido “sem interrupções”.
“As músicas são, de certa forma, interligadas, feito um livro”, explica, afirmando ter bebido “em fontes diretas da filosofia”. “Ideias como hipertexto trabalhada pelo professor pernambucano Alberto Lins Caldas; corpo de mercadoria (merceologia) de Marx, campos de força (rizoma) de Deleuze, trazem, entre muitas outras coisas, a multicomplexidade e retrocomposição das palavras, imagens/ memória das coisas, teatralidade do real e, portanto, música.”
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