Família vai buscar cão em pet shop após banho e recebe animal morto
Segundo dona, estabelecimento alega que cão se enforcou acidentalmente. Pet shop de Mogi das Cruzes estava fechado nesta terça-feira (5).
A morte de um cachorro tem gerado comoção nas redes sociais de moradores de Mogi das Cruzes. Segundo os donos de Theodor, da raça Lhasa Apso, o animal foi deixado em um pet shop da cidade para um banho por volta das 13h30 de segunda-feira (4). A assesora parlamentar Patrícia Rodrigues Rong diz que, três horas depois, seu marido foi buscá-lo, mas recebeu o cão morto.
O G1 esteve no pet shop na tarde desta terça-feira, mas o local estava fechado. Também foi feito contato por telefone, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso.
De acordo com a família, a proprietária do pet shop tentou se explicar, dizendo que o animal se enforcou acidentalmente.
“Nos disseram que a moça que estava dando banho deixou ele preso com uma corrente em cima da pia e saiu da sala por alguns instantes. E, nesse meio tempo, o cachorro teria caído da pia e ficado pendurado pela corrente no pescoço e foi nisso que ele se enforcou. O problema é que eles não chamaram nenhum veterinário”, afirma Patrícia.
Segundo a dona de Theodor, a administração do pet shop não entrou em contato com a família para explicar o que tinha acontecido. Apenas no momento em que seu marido foi buscar o animal é que recebeu a notícia.
“Nós tínhamos voltado de viagem e marcamos o pet shop às 13h30. Quando meu marido foi buscar às 16h30, entregaram o cachorro morto na mão dele. Nos entregaram o cachorro já com a pupila dilatada e rígido”, afirma.
Polícia
Patrícia diz que chamou a Polícia Militar e foi orientada a ir ao 1º Distrito Policial. Na delegacia, porém, os policiais informaram que ela deveria encaminhar o corpo para necropcia e depois registrar o caso.
De acordo com o delegado Argentino Coqueiro, como o caso envolve animal e necessita de uma apuração específica da causa da morte, feita por um veterinário, a dona do cachorro foi orientada a providenciar um laudo.
“Esse laudo deve embasar a denúncia feita pela vítima. Ele deve mostrar a causa da morte do cachorro, se de fato foi enforcamento, se foi envenenamento. A partir disso, podemos providenciar as medidas legais se forem necessárias. A vítima pode procurar o 1º DP e registrar o boletim de ocorrência quando quiser.”
Patrícia diz que toda a família está muito abalada. O corpo do cachorro foi levado para São Paulo e passará por uma necropsia. O procedimento vai custar R$ 650.
Segundo a assessora parlamentar, o laudo deve levar de 20 a 30 dias para ficar pronto. “O cachorro estava sempre com a gente, está sendo muito difícil para todos nós, principalmente para a minha filha. Eu chamava ele de neto e ele vinha correndo. Nós entregamos um cachorro com saúde para tomar um banho e recebemos um cadáver de volta”, lamenta.