Desocupação em Jaraguá tem 80% dos trabalhos concluídos

A operação de desocupação para reintegração de posse da área de Marinha ocupada em Jaraguá segue conforme a determinação da Justiça Federal. Até o início da noite desta quinta-feira (18), haviam sido concluídas 80% das ações, inclusive todas as construções que havia por trás do galpão da Cooperativa de Açúcar. Os trabalhos prosseguem no período […]

Desocupação em Jaraguá tem 80% dos trabalhos concluídos

A operação de desocupação para reintegração de posse da área de Marinha ocupada em Jaraguá segue conforme a determinação da Justiça Federal. Até o início da noite desta quinta-feira (18), haviam sido concluídas 80% das ações, inclusive todas as construções que havia por trás do galpão da Cooperativa de Açúcar. Os trabalhos prosseguem no período noturno e não serão interrompidos até a conclusão, prevista para esta sexta-feira (19).

 O secretário Municipal de Governo, Ricardo Wanderley, destaca o sucesso da operação, executada graças ao esforço concentrado de toda a estrutura do Executivo Municipal, em parceria com as Polícias Militar e Federal, além do Corpo de Bombeiros e da Justiça Federal, que mantêm o efetivo e equipe no local para garantir o cumprimento de todos os mandados. “Mais um dia de operação e a remoção segue ordeira. Nós fazemos uma avaliação positiva, considerando que as poucas intercorrências já eram esperadas e, felizmente, foram contornadas”, disse.

Wanderley destacou ainda o caráter pacífico da operação. “Essa organização é fruto de um importante planejamento. Ficaremos aqui o tempo que for necessário e assim que a remoção de entulhos acabar serão aplicados alguns tapumes para iniciar, de fato, as obras do Centro Pesqueiro”, reforçou.

Para o secretário municipal de Habitação Popular e Saneamento, Mac Lira, a decisão de manter os trabalhos durante a noite desta quinta foi fundamental para que a operação seja concluída nesta sexta. Ele destaca a atuação dos órgãos de segurança pública, que reforçaram o efetivo para agilizar o trabalho de desocupação.

“Ao final desta tarde temos mais de 80% do que prevíamos executado, considerando que os outros 20% foi pactuado com a justiça e será mantido, segundo o planejamento. As estruturas que não serão demolidas são depósitos permanentes, mas não há mais famílias no local. Estamos com maquinas fazendo a limpeza e as transferências de depósitos. A Policia Militar tem cumprido um papel extraordinário, bem como a Guarda Municipal e os muitos outros servidores que estão atuando bravamente nessa operação”, disse.

“A equipe está totalmente integrada e desenvolvendo um trabalho coeso. O resultado não poderia ter sido outro: estamos com a operação seguindo de forma harmônica e sem nenhum incidente”, complementou a secretária municipal de Segurança Comunitária, Mônica Suruagy.

As pessoas que ocuparam a favela após a inscrição no conjunto Vila dos Pescadores, destinado aos moradores originários da comunidade, serão encaminhados para os programas habitacionais do governo federal. Caso se enquadrem no perfil exigido, serão contemplados com unidades habitacionais em construção em Maceió, que tem 10 mil moradias em andamento.

“As famílias que originalmente habitavam essa comunidade todas elas tiveram seus apartamentos assegurados ainda em 2007. As que ocuparam a área depois de 2012, após a primeira retirada, nós negociamos com a justiça de que eles ocuparão, conforme assegurado na gestão do prefeito Rui Palmeira, parte das 10.132 unidades habitacionais que estão sendo construídas pela gestão. Nós temos vários empreendimentos em Maceió, inclusive, o Parque dos Caetés, com entrega prevista para o mês de dezembro. As famílias precisam passar pela triagem e aquelas que se enquadrarem e não tiverem sido beneficiadas serão inseridas no cadastro habitacional do Município”, explicou Mac Lira.

Inicialmente, as pessoas que alegaram não ter para onde ir receberam apoio psicossocial da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e foram encaminhadas para abrigo provisório, onde pernoitarão nesta quinta. Na sexta-feira, elas recebem a primeira parcela do aluguel social, que poderá ser mantido por três meses, prorrogáveis por mais três.

“As famílias continuam sendo encaminhadas para o abrigo e a Assistência Social está presente com equipes disponíveis para fazer o acompanhamento dessas famílias. A expectativa é que para esta noite de quinta-feira nós recebamos cerca de 80 pessoas e vamos atendê-los da melhor forma possível. Vamos trabalhar para inseri-las em uma rotina, na retomada da vida normal dentro de novas moradias”, disse a titular da Semas, Celiany Rocha.

Trata-se de um abrigo improvisado, mas no local as famílias terão, dentro do possível, todo o suporte necessário. A Prefeitura disponibilizou colchões adequados e alimentação de qualidade, além de equipe de assistência composta por profissionais assistentes sociais, psicólogos e pedagogos. Conseguimos também educadores físicos para desenvolver atividade de esporte e lazer com as crianças no local.

Sobre o Aluguel Social, a secretária explicou. “Entramos em contato com o banco responsável e, logo que o cadastro for concluído, as famílias que se enquadrarem terão acesso ao benefício de R$ 250,00, valor esse que é previsto em lei”.

“No geral a população entendeu o motivo da saída e tem colaborado para o desenvolvimento da operação. Do outro lado, nós temos muito cuidado com essas famílias e seus pertences. É uma ação complicada por se tratar de uma desapropriação, mas estamos trabalhando com pessoas que entendem que é fundamental respeitar os moradores. A Defesa Civil, como toda a estrutura da Prefeitura, está aqui para assegurar a integridade desses cidadãos”, complementou o coordenador-geral da operação e da Defesa Civil do Município, Dinário Lemos.

 

 

 

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