Corpo do ex-governador Divaldo Suruagy é velado no Palácio Floriano Peixoto
Suruagy lutava contra um câncer e foi levado às pressas ao Hospital Arthur Ramos
Familiares, amigos e políticos prestam a última homenagem ao ex-governador de Alagoas, Divaldo Suruagy, durante este domingo (22). O corpo do ex-gestor se encontra no antigo Palácio Marechal Floriano Peixoto e será sepultado às 17h, no Campo Santo Parque das Flores, no Tabuleiro do Martins, em Maceió. O corpo chegou ao palácio no fim da noite desse sábado (21).
O ex-governador morreu na tarde de ontem, no Hospital Arthur Ramos, no Farol. Ele tinha 78 anos e lutava há nove meses contra um câncer no estômago. Suruagy chegou a viajar para São Paulo, com o objetivo de assegurar um melhor tratamento contra a doença.
Segundo informações passadas pelo secretário particular de Suruagy, Antônio Luiz dos Santos Júnior, o ex-governador estava em seu apartamento na Ponta Verde, quando passou mal e foi levado em uma ambulância para a unidade de saúde, onde não resistiu a uma insuficiência respiratória e veio a falecer às 17h45.
Suruagy descobriu um câncer no estômago em junho do ano passado e fez uma cirurgia para a retirada do tumor em julho, em São Paulo, onde passou 10 dias internado, e retornou a Alagoas. Já no final do ano passado, Divaldo Suruagy foi acometido por outro tumor no mesmo local e o quadro se agravou.
Vida política
Suruagy era filho de Pedro Marinho Suruagy e Luiza de Oliveira Suruagy. Funcionário público municipal junto à Prefeitura de Maceió, trabalhou como servente, auxiliar de escritório e escriturário até se formar em Economia pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em 1959. Ele chefiou a Divisão de Impostos Prediais e Territoriais, bem como foi professor e chefiou a Fundação Educacional. Por fim, chegou ao posto de Secretário-geral do município de Maceió, em 1962.
Presidente da Central de Abastecimento S/A (CEASA) e da Companhia de Silos e Armazéns de Alagoas, tornou-se afilhado político do governador Luiz Cavalcanti, que o nomeou secretário da Fazenda, cargo ao qual abdicou para disputar e ser eleito prefeito de Maceió pelo PSD, em 1965, naquele que seria o último pleito direto durante vinte anos.
Primeiro mandato de governador
Cumprido o seu mandato, ingressou na ARENA e foi eleito deputado estadual em 1970, destacando-se tanto como líder da bancada quanto como líder do governo Afrânio Lages. Tamanho afinco garantiu sua escolha como cargo indicado de governador do estado, “cargo biônico”, pelo presidente Ernesto Geisel em 1974; sua gestão como chefe do executivo assegurou a eleição para deputado federal em 1978.
Segundo mandato de governador
Membro do PDS a partir de 1980, foi eleito governador em 1982 nas primeiras eleições diretas para governadores do país no período da Ditadura Militar e, durante o curso de seu novo mandato, apoiou a candidatura de Tancredo Neves à presidência da República, e, a seguir, ingressou no PFL em 1986, ano em que foi eleito senador.
Terceiro mandato de governador
Em 1994, foi eleito para o seu terceiro mandato de governador, quando já estava filiado ao PMDB. Entretanto, uma situação de grave crise político-financeira forçou sua renúncia ao cargo em 17 de julho de 1997, quando o seu vice-governador Manuel Gomes de Barros, Mano, tomou as rédeas do poder estadual.