Mulher do cantor Victor “desmente” agressão física e deixa a imprensa em má situação

Brigas provocadas por famosos ganham mesmo destaque na imprensa. Mas, ante a possibilidade de desmentido, é preciso cercar-se de certos cuidados

Jornal Opção / Euler de França Belém

Mulher do cantor Victor “desmente” agressão física e deixa a imprensa em má situação

A imprensa esqueceu que, em briga de marido e mulher, não se mete a colher? Mas e quando a crise chega à delegacia de polícia? Mesmo assim, é preciso cercar-se de certos cuidados. Porque os casais têm certos arranjos e, às vezes, voltam atrás — deixando a imprensa com a imagem de mera fofoqueira. Recentemente, Poliana Bagatini Chaves, de 29 anos, grávida, denunciou à polícia que seu marido, o cantor sertanejo Victor, da dupla Victor & Léo, a havia agredido fisicamente, inclusive jogando-a no chão e chutando-a. Uma denúncia grave contra qualquer pessoa, e mais grave ainda por se tratar de uma gestante.

A imprensa noticiou o fato com destaque, até desmedido, mas, dias depois, talvez para fazer as pazes com o marido, Poliana Chaves voltou atrás. Chegou a fazer exame no Instituto Médico Legal para comprovar que não havia sido agredida fisicamente. “Victor não me machucou e nunca me machucaria. Para comprovar a inexistência de qualquer lesão, resolvi fazer perícia no IML”, afirma a jovem.

Como fica a imprensa com relação ao desmentido? Numa situação delicada. Primeiro, porque, teoricamente, teria publicado uma informação falsa. Segundo, porque pode ter sido enganada. Terceiro, o que é uma falha frequente, a denúncia da agressão mereceu um destaque extraordinário, mas não o suposto desmentido. Quarto, aqueles que deram a notícia com extrema ênfase deveriam apresentar novas informações sobre o caso, conversando com amigos e vizinhos do casal (agressões físicas entre alguns casais são frequentes).

O que a imprensa deve fazer ao tratar outros casos? Publicar reportagens mais cautelosas. Por exemplo: conversar com médicos que examinaram a pessoa agredida, ouvir mais atentamente policiais, sem fiar-se apenas nas ocorrências policiais, nas quais os denunciantes podem exagerar.

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