‘Bohemian rhapsody’ conta história suavizada de Freddie Mercury
Com uma produção tumultuada que envolveu troca de ator e diretor, o filme tem muitos pontos fracos e um fortíssimo: a atuação de Rami Malek como o vocalista
Cinebiografias musicais costumam compartilhar algumas características repetitivas. Não é raro nelas algum tipo de embate entre a futura estrela, ainda no anonimato, com um pai conservador. O descrédito por parte de uma gravadora também é de praxe, bem como o efeito complicador da fama na vida amorosa do artista e seus desentendimentos com colegas de banda, em geral frutos de algum tipo de excesso.
Em Bohemian rhapsody, que estreia nesta quinta (1º) no Brasil, há tudo isso, mas com uma dose a mais de polêmicas para contar a história de um dos vocalistas mais talentosos e performáticos da história do rock e sua banda igualmente lendária.
Quem teve a honra e o desafio de reencarnar Freddie Mercury foi o norte-americano de origem egípcia Rami Malek, de 37 anos. Com carreira mais destacada na TV, onde ganhou um Emmy e foi indicado ao Globo de Ouro pelo papel principal na série Mr. Robot, este é o seu primeiro grande papel no cinema. No início do projeto, Freddie seria vivido por Sacha Baron Cohen. Mas o ator britânico entrou em atrito com o guitarrista do Queen Brian May, que é um dos produtores do longa, e desistiu do papel, no que foi o primeiro percalço de uma série na trajetória do longa, que levou anos para se concretizar.