Banda Sebage e Lobos Uivantes apresenta novas e clássicas canções
O show mistura o repertório do álbum ‘Beatnik’, que Sebage lançou em 2017, com as canções inéditas do álbum ‘Men’s Club’, que o grupo está gravando; sábado (14), às 20h30, na lanchonete Kero Mais, na Praça da Faculdade
A banda Sebage e Lobos Uivantes é a atração do sábado (14) do espaço de cultura e poesia da lanchonete Kero Mais em Maceió. O evento que começa às 20h30, conta com a participação dos poetas Milton Rosendo e Sana Bertoldo. O novo ponto de encontro de artistas da capital fica na Praça da Faculdade, Travessa Calabar, 30, região central da capital. O couvert custa R$ 10.
O cantor, compositor e poeta Sebage – que havia apresentado na sexta-feira (6) no restaurante Zeppelin, também no centro de Maceió, o show acústico de canções inéditas “Men’s Club” – retorna esta semana, agora acompanhado da banda Lobos Uivantes. “Nesse evento organizado pelo nosso parceiro, o produtor cultural Goodson Edmundo”, informa Sebage, “faremos uma mescla do que apresentei no ‘Men’s Club’ – junto com Edi Ribeiro e Zecabêga – com o show que já vínhamos fazendo como banda, apresentando o repertório do álbum ‘Beatnik’, lançado em 2017. Estamos muito animados para mostrar as canções que estarão no álbum ‘Men’s Club’, que será lançado em breve.”
Os outros membros da Lobos Uivantes fazem coro. “Expectativa grande em tocar canções que estamos ensaiando para o novo disco”, afirma o guitarrista Bruno Hítan, endossando as palavras de Sebage. “Esse show vai nos dar um feedback do público, pois a balada para o… Surpresa! Hahahaha, o show está totalmente ligado ao nosso momento atual aqui no país. Que o rock’n’roll continue a despertar a rebeldia não somente entre os jovens. E, sim, o punk corre em nossas veias.”
A julgar pelo depoimento dos músicos, a coisa punk – ou seja, a rebeldia e a indignação – parece ser mesmo o mote dessa nova fase de Sebage e Lobos Uivantes. A atual formação da banda se reuniu pela primeira vez, no restaurante Zeppelin, em julho do ano passado. “Estamos cada vez mais afiados – a química entre nós está rolando intensa e todos estão com muita vontade de ir para cima. Sim, continuamos pós-punk, ou seja, fazendo um rock melódico e artístico, com letras poéticas e arranjos bem cuidados. Mas, por outro, o espírito punk, de insatisfação em relação às injustiças, especialmente nesse momento de avanço do fascismo em nosso país, cresceu. A gente está com a corda toda”, explica Sebage.
Normando Galdino, o baterista, não deixa espaço para meias conversas. “Vamos fazer um show barulhento e colocar a galera para se mexer. Visto a carência de shows atuais, provavelmente estaremos bem empolgados no palco.”
Responsável pelo contrabaixo, Júnior Core, egresso do movimento punk alagoano, faz questão de pontuar a originalidade do repertório da banda. “É sempre bom fazer músicas dos compositores locais, colocando suas verdades e opiniões sobre vários temas”, diz, declarando-se “honrado em poder participar dessas bandas”. Core atua, também, como contrabaixista de A Trincheira, que acompanha o poeta esquerdista Rogério Diaz. “Essas bandas”, diz o músico, “têm na ira punk o seu grito de alerta. Sebage e Lobos Uivantes têm tudo isso. Tenho grandes expectativas pelo show, assim como também pelo álbum que está por vir.”
Idealizador desse espaço cultural na lanchonete da família, Goodson Edmundo, estudante de Filosofia da Universidade Federal de Alagoas, mostra-se empenhado na agitação da cultura alternativa de Maceió.
“Se pensarmos em outro ambiente, como o que acontece no Zeppelin, também voltado para poesia e música alagoanas, para o que é produzido aqui na nossa terra com o objetivo de levantar uma bandeira de identidade alagoana, o que a gente quer é atrair os poetas e músicos para encontros culturais, filosóficos, poéticos, musicais nesse novo espaço criado exatamente para esse fim. Estamos tentando organizar um movimento dentro na nossa cidade. É isso, o nosso espaço de cultura e arte surge dentro dessa perspectiva, com uma ideia de trazer, também, a universidade para além dos muros da universidade, estimulando os estudantes a se organizarem. É, sem dúvida, um ambiente de reflexão.”