Capital Inicial apresenta DVD gravado em Nova York
Todo mundo sabe o impacto que o “Acústico MTV” teve na vida do Capital Inicial em 2000. Era o verdadeiro renascimento de uma banda que havia feito muito sucesso nos anos 1980, mas viu decadência nos anos 90, especialmente no momento de hiato sem seu famosos vocalista, Dinho Ouro Preto. Foi tão importante que o […]
Todo mundo sabe o impacto que o “Acústico MTV” teve na vida do Capital Inicial em 2000. Era o verdadeiro renascimento de uma banda que havia feito muito sucesso nos anos 1980, mas viu decadência nos anos 90, especialmente no momento de hiato sem seu famosos vocalista, Dinho Ouro Preto. Foi tão importante que o grupo volta a experimentar o formato em “Acústico NYC”, DVD que acaba de chegar às lojas (físicas e virtuais) pela Sony.
O ponto especial do novo registro é o seu foco no que foi feito após aquele bem-sucedido acústico. Aqui estão hits e músicas menos conhecidas de discos lançados após “Rosas e Vinho Tinto”, de 2002. Além de três faixas inéditas: “Vai e Vem”, “A Mina” e “Doce e Amargo”.
Dinho faz questão de dizer que não se trata de um caça-níquel e que o lançamento é importante para a trajetória da banda, valorizando o que tem sido feito nos últimos anos. Ele conta que o Capital Inicial teve poucos registros ao vivo, mas sempre fez questão de lançar material inédito – nos últimos 15 anos foram seis álbuns de estúdio e uma homenagem ao grupo Aborto Elétrico.
“Temos uma obsessão em lançar material novo que não é muito comum de banda veterana, que tende a fazer disco de maneira mais espaçada”, diz o vocalista. “Não podemos nos pautar por nostalgia ou saudosismo, ser uma banda com cheio de naftalina. Temos que olhar para frente”.
O músico explica que este acústico é diferente daquele que foi tocado nas rádios incessantemente. “O acústico vem no nosso contexto de vontade de mostrar coisa nova. Ele está diferente do outro, é mais nervoso, tem distorção e compressão. Um zilhão de efeitos que podem ser feitos com quatro violões”, explica.
Locação
A escolha por Nova York para a gravação não aconteceu de primeira. Num primeiro momento, havia duas opções opostas: Nova York (um ambiente urbano e roqueiro) ou Fernando de Noronha (cenário paradisíaco).
Acabaram optando pela cidade americana e a opção acabou sendo mais viável e barata, mesmo em um ano de dólar nas alturas. Isso aconteceu porque o aluguel da casa noturna Terminal 5 (que já recebeu Bob Dylan e grandes bandas) foi pago ano passado, antes da disparada da moeda. Quando o show aconteceu, em junho, o ingresso de 80 dólares teve um valor diferente para a banda. E ainda houve um show em Boston, em que puderam arrecadar um bom valor em dólar.
O público da gravação foi formado por brasileiros e alguns estrangeiros que possuem ligação com o Brasil de alguma forma. “Sabemos quem são as pessoas pelo cartão de crédito. Assim, vimos que vieram pessoas de todos os Estados americanos para ver o show”, conta Dinho.
O repertório do novo DVD conta com participação de Seu Jorge em três músicas (“Vai e Vem”, “Belos e Malditos” e “À Sua Maneira”) e Lenine em duas (“Não Olhe pra Trás” e “Tempo Perdido”)