Caso Guilherme Brandão: réu é acusado de estudar câmeras
Após afirmar que havia alertado o filho Guilherme Brandão sobre possíveis desvios no Maikai, durante audiência de instrução na manhã desta sexta-feira (8), Eutímio Brandão acusou Marcelo Carnaúba de ter premeditado o crime e se informado, inclusive, sobre o funcionamento de câmeras de segurança que existem em frente ao estabelecimento, na Jatiúca. “Ele conseguiu saber […]
Após afirmar que havia alertado o filho Guilherme Brandão sobre possíveis desvios no Maikai, durante audiência de instrução na manhã desta sexta-feira (8), Eutímio Brandão acusou Marcelo Carnaúba de ter premeditado o crime e se informado, inclusive, sobre o funcionamento de câmeras de segurança que existem em frente ao estabelecimento, na Jatiúca.
“Ele conseguiu saber quantos segundos a câmera do GBarbosa filmava a porta do Maikai, por meio de uma funcionária que conhecia uma mulher do setor de segurança”, afirmou o pai da vítima, acrescentando que a câmera pertence ao governo do Estado.
A namorada de Guilherme Brandão à época do crime, Ellen Falcão de Farias, reforçou o depoimento de Eutímio Brandão e disse ter ouvido do namorado que ele estava disposto a substituir Marcelo Carnaúba na empresa. Segundo ela, a mudança aconteceria após o carnaval – que este ano aconteceu em março.
“O Guilherme me falou em dezembro que estava querendo dividir a empresa em duas, com um primo, e que o Marcelo estava desviando dinheiro do Maikai. A divisão seria em choparia e em show bar. Ele queria colocar o Marcelo para fora e estava, inclusive, procurando um substituto. Eu até indiquei uma prima que trabalhou em um banco em São Paulo para o lugar dele”, afirmou Ellen.
Ela disse ter falado com Guilherme um dia antes do crime e relatou que a vítima estava muito estressada e teria dito que estaria com “muitos problemas” no Maikai. “No dia da morte, eu estava na faculdade. Ele disse que estava bem e que o dia estava lindo, e que não queria saber de problemas. O Guilherme até pediu que víssemos um horário para nos encontrarmos”, acrescentando que pouco tempo depois recebeu a ligação informando sobre o assassinato.
A defesa de Marcelo Carnaúba, no entanto, refuta a tese de que o crime teria sido premeditado pelo acusado. De acordo com o advogado Raimundo Palmeira, não houve homicídio qualificado e o crime aconteceu após um momento de explosão. “Foi um momento de explosão, de emoções fortes. O segundo fatal que desgraça a vítima. ele tentava comprovar que não houve desvio e que havia muito empréstimo e contas feitas no cartão de Guilherme”, argumentou.