É de conhecimento local que o prestigiado psicólogo alagoano Melquisedeque Carlos Feitosa é um outlier (fora de série) não só por ter investido em capacitações técnicas fora do país (Estados Unidos e Colômbia), nem somente por ter conquistado uma clientela altamente exigente em seu consultório particular , mas também, e principalmente, por ter ocupado cargos públicos apenas sonhados pela maioria dos psicólogos do nosso estado e do Brasil. O que o público alagoano só ficou sabendo há pouco é que, além desse profissional de destaque, ele também é um talentoso literato, antes mesmo de ser psicólogo.

Melquisedeque estreou como contista em 1998, à época com 20 anos, e como poeta no ano seguinte, através de publicações nos jornais Gazeta de Alagoas e Tribuna Independente. Em 2022, já com a carreira de psicólogo mais que consolidada, o poeta decidiu retomar a sua carreira literária.

“Na minha geração havia o fantasma de que o escritor brasileiro que apenas dispusesse desse ofício como fonte de subsistência passaria, fatalmente, por imbróglios financeiros e estaria, no mínimo, sentenciado à penúria no final de sua vida, a exemplo da biografia de tantos escritores renomados como o saudoso Mário Quintana, um dos meus bardos de estimação. Recusei-me a ter esse funesto destino e defini um plano de vôo que incluiria viver às expensas de uma outra profissão de base a qual o meu espírito, também científico-humanista, inclusive já se sentia convocado a seguir. Graças à corte cósmica (risos), esse estratagema foi mais bem-sucedido do que eu aspirei. Agora traçei um novo percurso para a minha vida de escritor cujos bons ventos já estão me surpreendendo” – contabiliza o autor alagoano.

O surpreender ao qual esse persistente taurino está se referindo diz respeito a um seleto convite que recebeu para participar, enquanto autor, da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. “Estou exultante em poder representar o meu querido estado num circuito literário como o da Bienal do Rio. Essa Bienal é considerada por qualquer autor – até mesmo por estrangeiros – como um empoderador lócus de intercâmbios culturais, intelectuais e artísticos. Nele, enquanto escritores, temos a dádiva de interagir direta e presencialmente com o nosso público em potencial – conhecer de perto suas necessidades enquanto leitores – além de fortalecermos nosso sentimento de pertencimento à tribo e ao habitat literários através da interação com nossos pares escritores, agentes literários e editoras. Afora isso, a Bienal para um autor participante, quer queira quer não, é um proeminente espaço validado de visibilidade social e institucional que termina ampliando as credenciais dele e lhe conferindo uma maior autoridade frente ao público leitor e à comunidade literária”, finaliza o alagoano.

A vide é feita de melodias é o nome da obra que será lançada durante o evento.

A Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro vai do dia 01 a 10 de setembro desse ano. Para quem deseja acompanhar os trabalhos de Melquisedeque é só seguí-lo no instagram, na página @poesiterapia.