A vacina desenvolvida pelo grupo Johnson & Johnson foi autorizada pela Anvisa para realizar testes de fase três no Brasil. Participarão 7 mil voluntários de sete estados: São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Mundialmente, serão 60 mil.
Este é o quarto imunizante a avançar para a última etapa de testes no Brasil. Com a aprovação da Anvisa, ele se junta às candidatas a vacina de Oxford, Sinovac e Pfizer/BioNTech. O Brasil é um local propício para os testes por apresentar taxas elevadas de contágio da Covid-19. Até a última segunda-feira (17), foram confirmados 3.359.570 casos no país.
Publicados na Nature, resultados preliminares mostraram que uma única dose da vacina da Johnson & Johnson foi suficiente para neutralizar o novo coronavírus em macacos. Em julho, as fases 1 e 2 de testes em humanos envolveram cerca de mil voluntários nos Estados Unidos e na Bélgica.
Na fase três, os candidatos a imunizante são testados em dezenas de milhares de pessoas. É nessa etapa que se avaliam os níveis de eficácia da substância (isto é, sua capacidade de induzir uma resposta imunológica ao vírus no organismo), bem como a incidência de efeitos adversos.
Como de costume, parte do grupo de voluntários receberá a vacina e ao restante será ministrado um placebo, substância sem efeitos farmacológicos.
Para dar início aos testes, a Johnson & Johnson agora precisa aguardar a autorização do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). De acordo com o Ministério da Saúde, isso não deve demorar.
Desde o início da pandemia, a Conep afirma ter realizado mais de 220 câmaras virtuais para deliberar sobre os projetos de pesquisa relacionados à Covid-19. O Conselho costuma levar pouco mais de 24 horas para emitir um parecer.
Se for bem sucedida na última fase de testes, a vacina da Johnson & Johnson será distribuída globalmente e sem fins lucrativos, segundo a empresa. A capacidade de produção será expandida para fornecer mais de um bilhão de doses no próximo ano.
Via: G1