Covid em AL dá sinais de desaceleração, mas com quase 90% de UTIs ocupadas cenário continua crítico

O relatório da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) mostra que a 13ª  Semana Epidemiológica (SE) de 2021 apresentou uma estabilização nos números de casos e óbitos.

TNH1 / Eberth Lins

Covid em AL dá sinais de desaceleração, mas com quase 90% de UTIs ocupadas cenário continua crítico

Alagoas  vive uma “tendência de desaceleração da transmissão do coronavírus”, segundo o relatório mais recente do Observatório de Políticas Públicas de Enfrentamento à Covid-19, enviado ao TNH1, na manhã desta segunda-feira (05). A desaceleração, no entanto, ainda não é motivo para tranquilidade e o cenário no estado é considerado como “muito grave”. Ontem (04) foram registrados 429 novos casos da Covid e 23 mortes causadas pela doença.

O relatório da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) mostra que a 13ª  Semana Epidemiológica (SE) de 2021 apresentou uma estabilização nos números de casos e óbitos.  “Os indicadores apontam para uma desaceleração na transmissão, representada na queda do número reprodutivo efetivo que no último sábado (03) estava estimado em 1,03. Isso representa que cada 100 infectados contaminam 103 pessoas. Para que a transmissão esteja sob controle, esse número deve ser menor que 1”, explicou o coordenador do Observatório, o professor e pesquisador Gabriel Bádue.

“A situação ainda é muito grave. Há alguns sinais de estabilidade na incidência de casos e óbitos, que, em comparação com a semana anterior, apresentaram pouca variação. Em em um contexto que a taxa de ocupação dos leitos de UTI é próxima de 90%, o cenário pandêmico em Alagoas ainda é crítico, apesar de sinais de desaceleração apontados por alguns indicadores”, reforçou Bádue.

Foto: Reprodução / Observatório Alagoano de Políticas Públicas de Enfrentamento à Covid-19

Maceió e Arapiraca continuam liderando a incidência tanto de casos quanto de óbitos. Com relação aos novos casos, na 13ª SE a capital e o segundo maior município do estado registraram 199 casos para cada 100 mil habitantes, sendo seguidos pela 1ª Região de Saúde (RS) que registrou 165 casos para cada 100 mil habitantes. Já em relação aos óbitos, a 9ª RS foi a que apresentou a maior variação que resultou na notificação de 17 óbitos, equivalente a 7,2 óbitos para cada 100 mil habitantes. Desta forma, a incidência de óbitos da região de Santana do Ipanema ficou entre as observadas em Maceió e Arapiraca, respectivamente, iguais a 7,6 e 6,9 óbitos para cada 100 mil habitantes.

Leitos para Covid

Com a tendência de estabilização, de acordo com o Observatório, nas últimas duas semanas foi vista uma desaceleração na ocupação hospitalar, ‘em particular dos leitos de UTI, cuja ocupação crescia exponencialmente’.

A desaceleração, no entanto, ainda não é motivo para comemoração. “A taxa média de ocupação dos leitos de UTI continua próxima de 90%, número que expressa a gravidade da situação”, pontuou o coordenador.

Situação no Sertão preocupa 

Na região do Sertão, as restrições da fase vermelha do Plano de Distanciamento Controlado foram iniciadas antes da capital. Por outro lado, as taxas observadas na região ainda são preocupantes.

“A situação do Sertão, que tem fragilidades na rede de saúde, tem apresentado uma combinação de alta taxa de ocupação e alta mortalidade. Santana do Ipanema, que é o único município da região que possui leitos de UTI, registrou seis óbitos na 13ª  SE. Esse número corresponde a uma incidência próxima de 14 óbitos para cada 100 mil habitantes, quase o dobro da incidência observada em Maceió”, concluiu Gabriel Bádue.

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