Desigual, Maceió alcança pior índice de desenvolvimento entre 20 cidades
A região metropolitana (RM) de Maceió alcançou a pior colocação dentre as 20 estudadas no IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), pesquisa realizada pela Fundação João Pinheiro, pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que foi divulgada nesta quarta-feira (1º). Neste ano, quatro novas RMs se juntam […]
A região metropolitana (RM) de Maceió alcançou a pior colocação dentre as 20 estudadas no IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), pesquisa realizada pela Fundação João Pinheiro, pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que foi divulgada nesta quarta-feira (1º). Neste ano, quatro novas RMs se juntam aoutras 16 analisadas em 2014.
Apesar de a pesquisa destacar o crescimento dessas quatro RMs –Vale do Paraíba e litoral norte (SP), Baixada Santista (SP), Campinas (SP) e Maceió– entre os anos 2000 e 2010, a capital alagoana apresenta grande desigualdade, como diferença de até 14,44 anos entre bairros na esperança de vida ao nascer (de 67,34 a 81,78 anos). Ou seja, uma criança que nasce em área pobre da cidade possivelmente viverá 14,44 anos a menos do que a de um bairro mais rico.
A diferença de renda per capita média mensal chega a R$ 4.218,28 entre bairros de Maceió (de R$ 214,18 a R$ 4.432,46).
No entanto, os baixos índices não são exclusividade do Nordeste: as outras três RMs pesquisadas nessa nova fase apresentaram panorama similar. Campinas obteve o melhor IDHM geral (0,792 em 2010), seguido de Vale do Paraíba (0,781), Baixada Santista (0,777) e Maceió (0,702). Ainda assim, entre bairros de Campinas, a diferença na esperança de vida varia até 11,92 anos, e a diferença na renda per capita vai de R$ 401,13 a R$ 4.536,72.
O IDHM levanta 200 indicadores socioeconômicos nas regiões. A escala vai de 0 a 1 — quanto mais perto de 1, melhor o desempenho. Em 2014, foram pesquisadas as RMs de Belém, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Distrito Federal, Fortaleza,Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luis, São Paulo e Vitória.
Mesmo sendo a lanterna das 20 regiões, Maceió apresentou o maior avanço na década, pois cresceu quase 24%. A região metropolitana da Baixada Santista avançou 11% em dez anos, enquanto as regiões de Campinas e do Vale do Paraíba/litoral norte tiveram aumento de aproximadamente 11,5% no IDHM.
Em algumas áreas das quatro cidades pesquisadas, mais de 90% das pessoas com 18 anos ou mais possuem o ensino fundamental completo, enquanto em outras áreas esse percentual fica entre 30% e 40%.
No quesito mortalidade infantil, as quatro regiões apresentaram queda de 2000 a 2010. Porém, enquanto em 2010 a RM de Campinas apresentou 12,60 óbitos por mil nascidos vivos, em Maceió esse mesmo índice chegou a quase o dobro: 21,60.