Especial revive clássicos de Chico Buarque de Holanda
O especial vai ao ar pelo Youtube: Acta Oficial. A apresentação é do jornalista Lucas Malafaia.
Assessoria de Comunicação
Chico Buarque tem raízes em Alagoas, tem canções que passeiam pelas mais diversas épocas do nosso país. E em sua obra, Chico retrata o cotidiano brasileiro. Aponta caminhos e soluções para problemas reais. Fala sobre a situação política do país em diversos momentos da história. Inspira-se nos trabalhadores, imigrantes, nas mazelas do capitalismo.
E para contar e cantar Chico Buarque de Holanda, o Acta convidou o músico Luiz Pompe, que idealizador de diversos projetos musicais que homenageiam o carioca.
Carolina, a canção feita para o Festival Internacional da Canção, em 1967, abre o especial que ainda conta com mais 8 músicas. Para falar sobre a relação do cantor com estado de Alagoas, além de ser primo do dicionarista Aurélio Buarque de Holanda, nascido em Passo de Camaragibe, o especial lembra a relação de amizade e parceria profissional com o também alagoano, Cacá Diegues. Sua mais famosa canção da parceria no cinema nacional é Bye Bye Brasil, que faz menção A Rua do Sol – uma das conhecidas da nossa capital. A canção é uma parceria de Chico com Roberto Menescal.
Durante esse passeio pela obra ímpar escritor Chico Buarque, o especial tem ainda “A Banda”, de 1966 composta e interpretada pelo músico. Foi lançada em seu primeiro álbum. Dias depois, chico lança Roda Viva. As duas canções chamam atenção para a dor de cada um e de todos.
Em 1970, auge dos chamados “anos de chumbo”, Chico compôs “Apesar de você”
Alvo de muita censura e perseguição durante a ditadura. A ponto de, em 1973, ter de adotar o pseudônimo de Julinho da Adelaide pra ter suas composições liberadas. Foi com esse pseudônimo que ele gravou este “Acorda amor”. Todas essas canções estão nosso especial.
“Devolva o Neruda que você me tomou e nunca leu’
A canção Trocando em Miúdos faz parte da obra romântica de Chico Buarque, mas a música foi barrada pelos fiscais da censura brasileira. Apenas por citar Pablo Neruda, poeta chileno e comunista, no trecho “Devolva o Neruda que você me tomou/ E nunca leu”. Mas, depois a canção foi liberada porque o próprio autor argumentou que não se tratava de um recado político. Embora a moça da história tenha ficado com o livro, ela nunca chegou a ler. A fase romântica segue com os clássicos: As vitrines, Valsinha. Etc.
Uma das canções mais gravadas e interpretadas no país, o clássico: João e Maria, tem um espaço especial no programa. A melodia composta em 1947, é do paraibano Sivuca e por 30 anos ficou esperando uma letra, que veio da poesia de Chico Buarque. A responsabilidade de cantar dois mestres da música brasileira coube a Nara Leão.