Peixes, sereias e personagens que são a cara do maceioense podem ser vistos desenhados ao redor das galerias pluviais da capital desde o início do programa “O Mar e a Lagoa Começam Aqui’, da Prefeitura de Maceió. Em meio ao período chuvoso, a iniciativa surge para dar mais cor à cidade enquanto conscientiza as crianças e os moradores da região sobre a existência e a importância do meio ambiente.

Às margens da Lagoa Mundaú, a Escola Municipal Nosso Lar I, no Vergel do Lago, foi uma das contempladas com a iniciativa. Lá, peixes foram pintados na calçada da escola com a frase que dá nome ao projeto: ‘o mar e a lagoa começam aqui’.

Uma das que se surpreenderam com a nova decoração foi a estudante, Sônia Farias da Silva. Ela estuda na Escola Nosso Lar I na turma da Educação para Jovens, Adultos e Idosos (Ejai). “Eu vi e achei interessante, me perguntei com minhas amigas quem desenhou. Aqui, perto das margens da lagoa, é uma iniciativa mais importante ainda, para que as crianças aprendam sobre onde jogar o lixo”, diz.

Orgulhosos, os irmãos Raphael e Raphaelly Oliveira, de 9 e 6 anos, respectivamente, mostram o peixe que pintaram na calçada. A contribuição dos alunos para uma cidade mais sustentável. “Ficou tudo muito bonito, foi muito legal pintar com minha irmã e nossos colegas”, conta Raphael.

A mãe dos estudantes, Jessiara Oliveira, diz ter se surpreendido com a estrutura da escola e com iniciativas da rede municipal de ensino como o projeto, que os levou para as ruas e ensinou sobre a importância das galerias. “Eles até hoje falam sobre a atividade, e isso incentiva bastante as crianças na arte e dá uma consciência social e ambiental que mudou muito o visual da vizinhança. É um novo ar”, enfatiza.

Para realizar o projeto, a Prefeitura de Maceió firmou parceria com artistas visuais locais, que selecionaram os desenhos com os estudantes e os orientaram durante a pintura. Eles também são responsáveis por transmitirem aos estudantes a educação ambiental que está na base do projeto, como explicar a função das galerias e por que não se deve jogar lixo na rua.

Uma das artistas visuais envolvidas no projeto é Joyce Nobre, que finalizou recentemente sua contribuição ao desenvolver os trabalhos em cinco escolas municipais. “Os estudantes sempre ficam bem animados. Cria-se uma atmosfera na escola, uma conexão dos estudantes com a natureza e uma conscientização”, pontua.

O estudante, João Oliveira,10 anos, conta que aprendeu bastante com o projeto. Ele diz que todos que passam em frente à Escola Municipal Dom Helder Câmara, no Feitosa, elogiam o trabalho. Mas o principal, para ele, é o aprendizado. “Aprendemos a não jogar lixo no chão ou no bueiro, evitar entupir, porque é importante para a natureza e para evitar que alague tudo”, ensina.