Zeca Baleiro estará em Maceió, no próximo dia 3, com o show intimista José

Em clima intimista, o novo show permite uma proximidade maior com o público, dando espaço para improvisos e criando um espetáculo único a cada noite.

Janaina Ribeiro - Repórter

Zeca Baleiro estará em Maceió, no próximo dia 3, com o show intimista José

O seu nome é José Ribamar Coelho Santos, mas todo mundo só o conhece por Zeca Baleiro. Cantor, compositor, cronista e músico nascido no estado do Maranhão, o artista completa, agora em 2022, 25 anos de carreira. Ao longo dessas mais de duas décadas de história, Baleiro lançou 11 discos de estúdio, cinco CDs ao vivo, nove DVDs, além de vários projetos especiais, dentre os quais, podemos destacar o álbum em parceria com a poeta Hilda Hilst, intitulado Ode descontínua e remota para flauta e oboé – de Ariana para Dionísio; Café no Bule, CD produzido com Paulo Lepetit e Naná Vasconcelos; e Zoró Zureta, feito especialmente para a criançada.

Artista multifacetado, Zeca Baleiro vem se dedicando também à literatura e ao teatro. Para quem ainda não sabe, ele já tem quatro livros lançados e é autor de duas peças teatrais.

E mais recentemente, ele lançou o show José, onde faz uma releitura dos seus maiores sucessos. A ‘cereja do bolo’ vem na parte da apresentação que Baleiro insere canções de artistas que fizeram parte da sua trajetória musical. O Maceió40Graus conversou com o músico sobre esse seu trabalho mais recente, e esse bate-papo vocês conferem nessa entrevista a seguir:

Como nasceu o show José? Faz tempo que você estava produzindo-o?

Na verdade, esse show nasceu por encomenda. Criei para a série ‘Poesia, então’, do Unimúsica 2017, realizado em Porto Alegre pela Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS. Na altura, eu completava 20 anos de carreira discográfica e quis fazer um show que tivesse algo de retrospectiva, de autobiográfico. E, durante a pandemia, pude fazer uma grande “arqueologia” pessoal – reli matérias de jornal, textos que escrevi na estrada, ouvi k-7s, mds, salvei músicas perdidas etc. Isso tudo deu maior “sustança” pro show.

O show vai trazer suas composições mais conhecidas pelo público, né? Quais delas não podem faltar? Telegrama, por exemplo?

É um repertório muito grande, acho que cheguei numa síntese interessante, que o público vai gostar. Não posso deixar de fora Quase Nada, Babylon, Telegrama…

Mas esse trabalho não é só de canções de sua autoria… Você interpreta músicas de outros artistas também, numa espécie de capítulo à parte. De onde surgiu a ideia para esse novo projeto? E como se deu a seleção desses nomes?

São referências do início, das coisas que ouvia no rádio, na infância e adolescência. Tem também muitas histórias, poesia etc.

Você já tem mais de 20 anos de carreira. Que momentos considera mais importantes dentro da sua trajetória musical? Quais foram as principais conquistas e lições ao longo desse tempo?

Na verdade, completo 25 este ano. O primeiro disco é um marco, o dueto com a Gal Costa no “Acústico” dela também. Alguns prêmios foram bem importantes, como o Grammy Latino que conquistei ano passado com o disco “Canções d’Além-Mar”, em que canto só autores portugueses.

A pandemia parece que dá sinais de que está realmente indo embora, o que está permitindo aos artistas voltarem aos palcos. Do que mais você está sentindo saudade? Do contato com o público?

Do contato de fato, da adrenalina que antecede o show, da conversa com o público, da impossibilidade de improvisar… Isso tudo faz muita falta.

E sua produção musical, como anda? Os fãs podem esperar alguma novidade do Zeca para este ano?

A quarentena fez com que eu compusesse bastante e me reaproximasse de alguns parceiros queridos como Chico César, Fausto Nilo, Zélia Duncan, Nosly, Wado, e conquistasse outros novos, como Vinícius Cantuária, Vicente Barreto, Lucina, Marco Polo, Juliano Holanda e Flávio Venturini. Neste momento, estão sendo produzidos um disco em parceria com Chico César, um outro com Wado e um só de forrós. Também vai rolar um álbum em parceria com o Vinícius Cantuária, para breve. E antes disso, lanço uma edição Deluxe do “Canções d’Além-Mar”, com duas faixas bônus. Ou seja, vem muita novidade por aí!

Serviço: 

ZECA BALEIRO – Show José
Local: Teatro Gustavo Leite – Centro de Convenções de Maceió
Dia: 3 de abril de 2022
Horário: 20h
Valores: Plateia A: R$ 70,00 (meia-entrada) e R$ 140,00 (inteira)
Plateia B: R$ 60,00 (meia-entrada) e R$ 120,00 (inteira)
Mazenino: R$ 50,00 (meia-entrada) e R$ 100,00 (inteira)

Vendas: Viva Alagoas – Maceió Shopping
Link de vendas: https://bit.ly/3rpOVwb

OBS: Obrigatório uso de máscaras, álcool em gel e apresentação do comprovante de vacinação. Estudantes, portadores de deficiência, professores e maiores de 60 anos pagam meia-entrada.

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