”Portas”: novo show de Marisa Monte traz repertório com canções inéditas e grandes sucessos
“Vamos cantar músicas que já não são mais minhas, tem vida própria e pertencem à vida de muitos, evocam memórias e lugares inimagináveis”, promete Marisa para os fãs alagoanos
Janaína Ribeiro
Foto: Leo Aversa
Seis anos após se apresentar em solo alagoano, Marisa Monte estará de volta aos palcos do Teatro Gustavo Leite para deleite dos fãs. Com um novo show que passeia por canções dos seus mais de 30 anos de carreira, “Portas” traz músicas inéditas, inclusive canções gravadas antes da pandemia e, claro, sucessos que, há tempos, caíram no gosto popular do brasileiro.
Para a sua próxima apresentação, que acontecerá no dia 3 de maio, Marisa preparou um espetáculo que mistura música, performances e efeitos visuais. Tudo isso para prender ainda mais a atenção do público e fazê-lo entender melhor a sua relação com o isolamento social e importância da troca de energias entre as pessoas.
A turnê já passou por São Paulo e Rio de Janeiro e, em fevereiro, pousou nos Estados Unidos. Agora, ela e sua banda estão de volta ao Brasil, por onde viajarão por quase todos os estados.
Para a artista carioca, foi um grande desafio reinventar métodos de produção, abrir novos caminhos e experimentar esse cenário inusitado num momento tão duro e de tantas incertezas como foi o pandêmico, mas ela garante que a equipe lidou com essas dificuldades com bastante criatividade e o cuidado, permitindo a finalização do álbum em março do ano passado.
Em “Portas”, Marisa é acompanhada pela banda formada por Dadi (baixo, violões e piano), Davi Moraes (guitarra), Pupillo (bateria), Pretinho da Serrinha (percussão e cavaquinho), Chico Brown (violões e piano), Antônio Neves (arranjo dos metais e trombone), Eduardo Santana (trompete) e Oswaldo Lessa (saxofone e flauta).
Acompanhe, abaixo, o bate-papo do Maceió40Graus com a artista:
1. O show Portas surge 10 anos após o seu último show, Verdade, uma ilusão. O que você traz de novo nele? Sobre o quê o Portas fala?
As canções são resultado dos meus encontros e parcerias nos últimos anos, e foi se formando o corpo do trabalho pouco a pouco. A princípio, elas não tinham muito uma conexão entre si, mas essa relação foi se formando a partir dos arranjos, do tecido sonoro, das pessoas que escolhi para estar junto e ao fim posso identificar alguns temas que sobressaem. A intuição, a natureza, arte, a própria música, o tempo e a exploração do campo imaginário.
2. O Portas traz muitos elementos cênicos para o palco, com vários efeitos visuais. O que você buscava quando pensou nesse formato de show?
Eu queria falar sobre a relação do nosso mundo interior, isolamento, a solidão, e o mundo exterior, o sonho, o imaginário onde tudo pode ser pensado. Para isso escolhi a obra da artista plástica Lúcia Koch, que desenvolve a série Fundos e a partir de caixas cria um jogo de escala, luzes, sombras e simula ambientes arquitetônicos. A partir daí uma equipe genial de editores, iluminador, cenotécnicos, programadores, tendo Cláudio Torres e Batman Zavareze à frente, desenvolveu e foi muito além da ideia inicial. O resultado se vê no show. Um diálogo entre os limites físicos do isolamento e a liberdade da imaginação.
3. A gente está falando de um álbum inteiramente autoral… Há muita coisa inédita, produzida, por exemplo, durante a pandemia?
A maioria das músicas já estava pronta antes da quarentena, mas tive que adiar os planos por quase um ano. Aproveitei o tempo extra a favor e fiz mais três canções, “Vagalumes”, “Sal” e “Você não liga” e ainda chegou “Espaçonaves” só do Marcelo Camelo, mas a grande maioria já estava pronta esperando a oportunidade de ser gravada.
4. E por falar em pandemia, como foi o seu processo criativo durante esse período?
Primeiro momento foi de paralisia total e solidão, não tinha como encontrar outros músicos. Em novembro de 2020, começamos a gravar, com todo cuidado possível, no sistema meio presencial meio híbrido, todos tocando juntos no estúdio no espírito ao vivo como eu queria. O isolamento aumentou muito a vontade de encontrar para fazer um disco a partir de encontros O que era a ideia desde o início. Promover dinâmica humana, respirar junto.
5. Finalmente o entretenimento voltou aos palcos. O que a Marisa tem planejado para esse retorno? A turnê seguirá para a Europa no meio do ano, certo?
Comecei a turnê em fevereiro, em São Paulo, em março fizemos 12 shows nos Estados Unidos, tem uma série de shows agora no Brasil, em junho e julho estarei na Europa, volto para o Brasil para mais shows, em setembro América Latina, e uma agenda cheia pela frente. Vamos nessa… Um ano de expansão, de encontros, de reativação do coletivo e espero que de muita transformação.
6. Como em todo show, não podem faltar aquelas canções que caíram no gosto do público. O Portas passeia pelos seus principais sucessos ao longo de mais de três décadas de carreira? Quais são aqueles que jamais podem faltar no repertório?
O show terá canções de todas as fases da minha carreira, desde músicas antigas do primeiro disco até as músicas novas do Portas. Hoje eu tenho um repertório muito grande, depois de tantos discos gravados preciso sempre promover um rodízio de canções. São muitos hits, canções que todo mundo conhece, de alguma maneira elas vão circulando naturalmente entrando e saindo do repertório ao longo dos anos. É uma escolha também muito intuitiva com um equilíbrio interno das canções que dialogam com o momento.
7. São 6 anos longe de Alagoas. O que os fãs podem esperar do seu espetáculo aqui, no próximo dia 3 de maio?
Músicas de todas as fases da minha carreira e a mesma estrutura com a qual estou viajando pelo Brasil e pelo mundo. Vamos cantar músicas que já não são mais minhas, tem vida própria e pertencem à vida de muitos, evocam memórias e lugares inimagináveis. Adoro ir a Maceió e reencontrar o público alagoano e tomar uma água de coco em Ponta Verde.
SERVIÇO:
Marisa Monte – show Portas
Local: Teatro Gustavo Leite – Centro de Convenções de Maceió (Rua Celso Piatti, 280-372)
Dia: 3 de maio de 2022
Horário: 21h
Abertura da casa: 20h
Valores:
Plateia: R$ 200,00 (meia-entrada) e R$ 400,00 (inteira)
Mezanino: R$ 125,00 (meia-entrada) e R$ 250,00 (inteira)
Ponto de vendas: Petit Paris – Av. Dr. Antônio Gomes de Barros, 215 – Jatiuca
Vendas on line: www.eventim.com
ATENÇÃO: TEM DIREITO A COMPRAR MEIA-ENTRADA ESTUDANTES, PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, PROFESSORES E MAIORES DE 60 ANOS.