Projeto artístico e social desperta novo olhar de jovens para a História de Alagoas
Desdobramento do projeto Arte no Prato, da Algás, ciclo de oficinas com jovens alagoanos produzirá documentário sobre o tema
Amais Imprensa / Aline Angeli
Incentivar jovens a desenvolver uma nova visão sobre a História de Alagoas, mostrando a riqueza do passado e da cultura do estado para romper com a baixa autoestima e despertar seu interesse para temas, até então, distantes de suas vidas: esse é o objetivo do “Viva a História”, projeto que, desde o início de outubro até dezembro, promove uma série de oficinas artísticas para um grupo de 120 alunos, entre 16 e 21 anos, da Escola Estadual Afrânio Lages.
Financiado por parte da renda obtida com a segunda edição do projeto “Arte no Prato”, da Algás, o “Viva a História” é um conjunto de seis oficinas (desenho, pintura de murais e grafite, fotografia, roteiro e produção de vídeo, filmagem e montagem de webdocumentário) que têm como meta usar a arte para propor novas maneiras de pensar, registrar e problematizar a história do lugar onde vivemos, relacionando-a com acontecimentos marcantes nestes 200 anos de Alagoas.
Comandado pelo coletivo Saudáveis Subversivos, o projeto conta com a participação dos artistas visuais Pedro Lucena e Rafael dos Santos, da fotógrafa Flávia Correia, do artista multimídia e arte educador Glauber Xavier e dos cineastas Rafhael Barbosa, Mirrah Iañez e Eduardo Liron. Todo o conteúdo multimídia (desenhos, pinturas, fotografias, áudios, vídeos e textos) recolhido durante as cinco primeiras oficinas servirão de material para a criação de um webdocumentário a ser produzido na última oficina e publicado nas redes sociais.
“O projeto Arte no Prato, cuja segunda edição de pratos colecionáveis foi lançada em outubro deste ano, tem entre seus objetivos valorizar a gastronomia e a arte alagoana”, diz Felipe Guimarães, gerente de marketing e comunicação da Algás. “É com muita alegria que vemos esse belo projeto desenvolvido em parceria com 12 artistas e 24 restaurantes de Maceió dar esse novo fruto e viabilizar financeiramente a realização desse ciclo de oficinas”, completa.
Acompanhe o andamento do projeto Viva a História:
Etapas já realizadas:
OFICINA DE DESENHO: Ministrada pelo artista visual Pedro Lucena (3 e 4 de outubro)
OFICINA DE PINTURA DE MURAIS E GRAFITE: Ministrada pelo arquiteto e artista visual Rafael dos Santos (10 e 11 de outubro)
OFICINA DE FOTOGRAFIA: Ministrada pela designer, fotógrafa e documentarista Flávia Correia
(17 e 18 de outubro)
OFICINA DE ROTEIRO E PRODUÇÃO DE VÍDEO: Ministrada pelo cineasta, jornalista e produtor cultural Rafhael Barbosa (24, 25 e 31 de outubro e 01 de novembro)
Próximas etapas:
OFICINA DE FILMAGEM: Ministrada pelo artista multimídia, arte educador e agitador cultural Glauber Xavier (07, 08, 14 e 21 de novembro)
OFICINA DE MONTAGEM E PUBLICAÇÃO DE WEBDOCUMENTÁRIO: Ministrada pela cineasta, fotógrafa e arte educadora Mirrah Iañez e pelo cineasta e webdocumentarista Eduardo Liron.
(22, 28 e 29 de novembro e 05 de dezembro)
SOBRE O PROJETO VIVA A HISTÓRIA
Comandado pelo coletivo de artistas Saudáveis Subversivos e financiado com a renda obtida pelo projeto Arte no Prato, da Algás, o Viva a História é um ciclo de seis oficinas de arte entre os meses de outubro, novembro e dezembro de 2017, totalizando 72 horas de aula, realizadas na Escola Estadual Afrânio Lages, no CEPA. Cada oficina tem capacidade para até 20 alunos, somando um total de 120 vagas para jovens com faixa etária entre 16 e 21 anos.
Em todas as oficinas, os conteúdos são abordados com ênfase na identidade e pertencimento enquanto viventes de Alagoas, e reinvenção de novas cartografias afetivas para a história do presente, relacionando-a com acontecimentos marcantes nestes 200 anos de história.
Os conteúdos multimídia (desenhos, pinturas, fotografias, áudios, vídeos e textos) recolhidos durante as cinco primeiras oficinas servirão de material bruto utilizados na criação de um webdocumentário a ser produzido na última oficina.
O projeto começou pela oficina de desenho com o artista visual Pedro Lucena, procurando incutir por meio de exercícios lúdicos noções guias para o desenho autoral.
Em seguida, vivenciou a elaboração e pintura de dois grandes murais dentro do CEPA durante a oficina de pintura de murais e grafite.
Durante a oficina de fotografia com Flávia Correia, os participantes refletiram e exercitaram o olhar autoral relacionando-o à foto como documento.
O inter-relacionamento entre a História de Alagoas, as experiências de vida dos participantes da oficina de roteiro e produção de vídeo e os conteúdos produzidos nas oficinas de desenho, pintura e fotografia foram o substrato para roteiro de vídeo construído pelos alunos sob a orientação do o cineasta Rafhael.
A oficina de filmagem, facilitada pelo videomaker Glauber Xavier – que será dirigido pelos co-autores do filme (alunos participantes), tem a missão de realizar a filmagem do roteiro produzido na oficina anterior.
A oficina de webdocumentário propõe pensar e experienciar o potencial narrativo da internet como cenário propício para o desenvolvimento de uma narrativa não linear, com possibilidades interativas, colaborativas e expansíveis, propondo vivenciar da concepção temática até a publicação online de um webdocumentário montado com base nos conteúdos produzidos em todas as oficinas anteriores.
SOBRE O PROJETO ARTE NO PRATO
Lançado em 2015 pela Algás, distribuidora alagoana de gás natural, o Arte no Prato retornou este ano com sua segunda coleção exclusiva e limitada de pratos de cerâmica estampados com obras inéditas de artistas alagoanos.
Chefs de 24 restaurantes de Maceió, como Maria Antonieta, Divina Gula, Janga e Wanchako foram convidados a produzir receitas para as ilustrações desenvolvidas por doze artistas alagoanos ou radicados em Alagoas, como Maria Amélia Vieira, Pedro Lucena, Rosa Piatti e Suel Damasceno, especialmente para a ação – que, este ano, tem como tema a homenagem aos 200 anos de Alagoas. Da fusão entre as artes e os sabores, saíram delícias como o “Ensopadinho de Sururu com Camarão”, do chef Jonatas Moreira, do Akuaba; “Nhoque de Inhame com Ragú de Cordeiro”, da equipe do Anamá; “Camarão a Três Águas”, da chef Maria Juliana, do Bistrô Fernandes, e “Xerem com Drummette na Cachaça”, da chef Manuela Magalhães, da Cuscuzeria.
Motivada pelo sucesso da primeira edição da ação em 2015 – quando diversos modelos de pratos esgotaram-se em menos de uma semana – a Algás não só decidiu incorporar o Arte no Prato em seu calendário de ações de forma bienal, como também dobrou este ano a quantidade de pratos produzidos para cada uma das ilustrações.
Para ganhar e colecionar os pratos, o público precisava consumir nos restaurantes participantes a receita criada para o projeto até o dia 30 de novembro (ou enquanto durassem os estoques). A cada prato entregue para os clientes, os restaurantes destinaram o valor de R$ 10,00 como contrapartida social do projeto Arte no Prato, que, nesta edição, foi utilizado para a realização do projeto “Viva a História”.