Secretário de Saúde alerta: “AL tem o menor isolamento do Nordeste. Fiquem em casa!”
Ferramenta aponta o Estado com 49,3% de índice, percentual preocupante e que pode colocar em risco todas as medidas preventivas para conter a doença
Agência Alagoas / Severino Carvalho
O secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, usou as redes sociais, nesta quinta-feira (16), para fazer um alerta: Alagoas tem o menor índice de isolamento social do Nordeste. De acordo com a ferramenta criada pela empresa In Loco, que monitora o movimento de pessoas durante a quarentena no Brasil, o estado possui índice de 49,3%. Ayres fez um apelo aos alagoanos para que cumpram as medidas preventivas de distanciamento social com o objetivo de evitar a propagação da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.
“Estamos com o menor percentual de cumprimento de isolamento social do Nordeste. Isso é muito perigoso e fará com que o número de infectados cresça! Você precisa fazer a sua parte para evitar que a próxima vítima tenha o nome de alguém que você conhece. Fique em casa”, apelou o secretário de Estado da Saúde.
Depois de Alagoas, o estado com menor índice de isolamento social no Nordeste é a Bahia com 49,6%. Pernambuco tem o melhor percentual da região: 55,9. Os dados são de 14 de abril, data da última atualização da ferramenta.
Em entrevista à Agência Alagoas, o presidente da Sociedade de Medicina de Alagoas (SMA), Fernando Gomes, e o oncologista Marcos Davi alertaram que se as pessoas negligenciarem o distanciamento social em Alagoas, o número de casos da Covid-19 vai crescer exponencialmente e provocar o colapso no sistema hospitalar.
Para os médicos, o distanciamento social permanece como única e mais eficaz estratégia para barrar o avanço da doença. “Se houver relaxamento para menos de 70% da população, teremos colapso no sistema de saúde rapidamente, uma terrível calamidade pública. Os hospitais de Maceió já estão ficando lotados de Covid-19”, alertou o médico Marcos Davi.
Alagoas tem 83 casos confirmados da Covid-19, entre eles cinco óbitos. Os dados constam no Boletim Epidemiológico de número 40, que aponta, ainda, a ocorrência de 290 casos em investigação e 828 descartados.