Temendo violência, redes sociais censuram Trump
Twitter proíbe compartilhar post de Trump por risco de violência; Facebook e YouTube excluem vídeo
Enquanto os Estados Unidos vivem momentos de caos, com manifestantes invadindo o Congresso do país contra os resultados da eleição presidencial, as redes sociais começaram a agir para tentar limitar a propagação de conteúdo que sejam considerados perigosos, o que fez com que um post de Donald Trump tivesse seu compartilhamento proibido no Twitter. Posteriormente, sua conta foi banida por um período de 12 horas e três posts foram excluídos, indo contra as políticas do próprio Twitter de preservar publicações irregulares de autoridades por interesse público.
O Twitter, no entanto, parece ter julgado que o vídeo vai um passo além do que apenas divulgar informações falsas sobre o processo eleitoral. Ao longo dos últimos meses, vários posts do presidente americano receberam um aviso de que as informações publicadas por ele eram incorretas, mas com este vídeo, a empresa decidiu limitar de forma mais agressiva a circulação do vídeo, julgando que há “risco de violência”.
Assim, neste momento não é possível retuitar o post de Trump, assim como não é possível dar um “like” no post ou comentá-lo. A única forma de interação com a publicação é retuitá-la com comentário.
Em seus canais oficiais, o Twitter confirmou que decidiu agir para limitar publicações que julguem convocar violência:
“Diante da situação em andamento em Washington D.C, estamos trabalhando proativamente para proteger a saúde das conversas públicas no serviço e tomaremos ações para qualquer conteúdo que viole as regras do Twitter.
Ameaças e convocações de violência são contra as regras do Twitter, e estamos aplicando nossas políticas de acordo.
Além disso, estamos restringindo significativamente os tuítes marcados com a nova Política de Integridade Cívica devido ao risco de violência. Isso significa que os tuítes marcados não poderão ser respondidos, retuitados ou curtidos.
Estamos também explorando outras ações e manteremos o público informado sobre quaisquer outros desenvolvimentos significativos.
Facebook e YouTube excluem post de Trump
Após a reação do Twitter, outras empresas começaram a agir contra a publicação de Donald Trump alegando riscos de violência. O Facebook também justificou a exclusão do vídeo em decorrência das preocupações de segurança.
This is an emergency situation and we are taking appropriate emergency measures, including removing President Trump's video. We removed it because on balance we believe it contributes to rather than diminishes the risk of ongoing violence.
— Guy Rosen (@guyro) January 6, 2021
O YouTube também excluiu a publicação e não permitirá a veiculação do conteúdo, exceto em uma condição: se o produtor de conteúdo utilizar o material com um contexto noticioso ou educativo. Apenas a reprodução do material original está vetada, como explica o site The Verge.