Ufal e Sociedade aborda a ameaça de mais um crime ambiental em Alagoas
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Assessoria de Comunicação / UFAL
A partir da próxima segunda-feira (19), 11h, o programa Ufal e Sociedade aborda mais um tema polêmico na área ambiental, em Alagoas. Recentemente, no dia 7 de junho, em plena semana do meio ambiente, foi realizada uma audiência pública no Porto de Maceió para apresentar a proposta da Timac Agro de instalar uma Unidade de Recebimento e Estocagem de Ácido Sulfúrico no terminal que foi adquirido pela empresa em 2020.
O tanque que a empresa pretende construir tem capacidade de 8 mil toneladas ou 4.350m, com diâmetro de 17,15m e altura de 19,30m. Lembrando que o terminal comprado pela Timac Agro foi adquirido em leilão com lance de R$ 50 mil, o valor de um carro popular. A multinacional francesa, que fabrica e comercializa fertilizantes, possui fábricas nas cidades de Candeias (BA), Rio Grande (RS) e em Santa Luzia do Norte (AL).
Na entrevista, o professor Dilson Batista Ferreira, que é arquiteto e urbanista, com mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente e doutorado em Energia, explica os motivos pelos quais se posiciona contrário à licença ambiental para que essa grande quantidade de ácido sulfúrico seja armazenada no Porto de Maceió. “É uma Área de Proteção Permanente que ficará exposta ao grande risco de vazamento, trazendo danos irrecuperáveis para o ecossistema e para a saúde das pessoas”, alerta o pesquisador.
Antes da audiência, Dilson Ferreira publicou um vídeo em suas redes sociais que repercutiu bastante. “Percebi o risco da situação ao ler o artigo publicado pela professora e bióloga Neire Nunes e por outros ambientalistas. A Universidade precisa apresentar as argumentações científicas que embasam a nossa posição contrária a mais esse risco de crime ambiental em Maceió. Já basta o que estamos sofrendo com o afundamento de cinco bairros por conta da mineração da Braskem”, finaliza o professor.
Acompanhe a entrevista na radio.ufal.br a partir de segunda-feira (19), 11h.