‘Um lar para chamar de seu’: quando as crianças sonham em ganhar uma família de presente de Natal

Muitas dessas crianças estão há anos esperando que o sonho se torne realidade. Elas são maiores de 06 (seis) anos de idade, ou adolescentes, ou ainda grupos de irmãos e crianças que apresentam algum tipo de enfermidade física e/ou mental, e que já tiveram a destituição do poder familiar decretada.

Ascom TJAL / Ana Carla Vieira

‘Um lar para chamar de seu’: quando as crianças sonham em ganhar uma família de presente de Natal

No senso comum, Natal é sinônimo de presentes e família reunida. E para as crianças que vivem nos abrigos, o maior sonho, seja no Natal ou no restante do ano, é ter o “presente” de ganhar uma família para chamar de sua. Muitas dessas crianças estão há anos esperando que o sonho se torne realidade. Elas são maiores de 06 (seis) anos de idade, ou adolescentes, ou ainda grupos de irmãos e crianças que apresentam algum tipo de enfermidade física e/ou mental, e que já tiveram a destituição do poder familiar decretada.

Letícia, de 12 anos, é uma delas. Descrita pela diretora da Casa Lar, no município de Murici, com um “comportamento exemplar e a presteza para ajudar os outros”, a pequena Letícia sonha com natais diferentes e preenchidos de amor. “Eu tenho muita vontade de ter uma família, um pai e uma mãe para eu ser muito feliz por eles serem os meus pais”,  diz a garota, com o olhar cheio de expectativa.

“Assim como as demais crianças, o que a Letícia quer é amor e atenção”, enfatiza a diretora Cristiane Gerbase.

“Ela é a melhor criança daqui da casa, não em termo de valor porque todas são importantes, mas em termo comportamental, de iniciativa para dar uma parcela de contribuição, de ajuda sempre. Ela não é uma criança que responde quando é orientada a fazer algo ou corrigida. Eu creio que isso é muito significativo para uma criança que tem os traumas que ela tem. Esse equilíbrio dela chama muita atenção de todos que a cercam”, revela Cristiane.

Apesar de uma trajetória difícil, Letícia é cheia de sonhos e ama brincar de escola, esconde-esconde, boto e de desenhar. As matérias favoritas na escola são matemática, língua portuguesa e história. “Quero que tenham amor, carinho e respeito para mim”, sonha a menina.

Para Cristine Gerbase, o que Letícia mais anseia na vida é ter amor e carinho. “É sentir que é realmente querida, que tem apoio. Ela tem potencial para ir muito além do que nós podemos proporcionar aqui”, contou. Conheça um pouco mais sobre a Letícia:

https://youtu.be/J3Htnb0490M

Fernanda, de 10 anos, é outra criança que vive na Casa Lar de Murici. O maior desejo dela é encontrar uma família e ter um cachorro para “brincar bem muito”, além de um quarto cheio de bonecas.

“Eu sonho muito em ter uma família para mim, para me dar muito amor e carinho”, confessa Fernanda, que é conhecida na instituição por ser bastante sociável. Ela ama brincar de boneca, esconde-esconde, comidinhas e boto.

A diretora da Casa Lar, Cristine Gerbase, descreve Fernanda como uma menina extrovertida, com facilidade para fazer amizades e vaidosa. “O que ela tem de diferente é a sede de família, a sede de partilha, a sede de ser aceita, enxergada. Isso é muito perceptível nela. Mais do que as outras crianças, ela tem uma sede muito grande de ser adotada”, disse.

https://youtu.be/wRsouAYdp1Q

Adoções Possíveis – Para divulgar e estimular as adoções tardias, o Tribunal de Justiça de Alagoas criou o projeto Adoções Possíveis. De iniciativa da Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude – CEIJ/AL, órgão de assessoria da Presidência do Tribunal de Justiça de Alagoas, o projeto apresenta as crianças por meio de imagens, fotos e vídeos, disponibilizados na página eletrônica e nas redes sociais do Tribunal de Justiça e dos Clubes Esportivos Alagoanos, em sessões de cinema, shoppings e estádios de futebol.

O perfil traçado pelos adotantes, geralmente, é voltado para crianças recém-nascidas ou com até 03 (três) anos idade, do sexo feminino e sem problemas de saúde, o que as crianças inclusas no projeto a permanecer por muito tempo nas entidades de acolhimento, com poucas perspectivas de serem adotadas.

Todas as informações sobre o projeto e contatos das instituições estão disponibilizadas na página Adoções Possíveis

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